quinta-feira, 23 de julho de 2015

Iris

Once I was told
Ironically romantic love is the love that can never be
Losing the waves of your singing voice
And how they make me feel like dancing
Even without moving
Like in "One Art"
Might look like disaster
But how can it be too hard to master?
Eventually you returned to your island
While mine has become empty... free?
But isn't how it's supposed to be?
Isn't human nature at some discussion
To trade Liberty for Redemption?
Nothing else will be as sour sweet as a key lime pie bites
Nor the Arc at the Washington Square will ever be as bright
Not even the flowers of Iris as colorful as the magenta skies
It only remais this Bitter End taste of this neverending cold summer night

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Muito amor

- Pois é, cara... a vida louca faz falta... Eu sinto falta...
- Nossa... eu também sinto, cara... Eu tenho muito amor pra dar... Eu sou carinhoso com todas!
- Hahaha! Parece engraçado, mas eu sei que não é! Por isso, eu falo que meu coração é grande demais pra uma mulher só!
- Tá vendo... você me entende!
- Entendo. E é puro! Não é por mal!
- E tem gente que chama a gente de sacana, etc.
- É sentimento genuíno, eu sei!
- Esses dias mesmo, eu estava muito apaixonado, cara... mas como já estou com uma, tive que matar um sentimento bom... Isso é mal!
- "Tive que matar um sentimento bom"... que bonito isso... eu te entendo perfeitamente.
- Mulheres... elas não sabem entender as coisas...

sexta-feira, 9 de março de 2012

Nova Iorque

É inverno na fria cidade de Nova Iorque. E não é só porque é inverno que é inverno. É inverno porque é sempre inverno, mesmo quando é verão. É inverno porque apesar de nem sempre as pessoas estarem com pressa, as pessoas estão sozinhas. E elas estão sozinhas porque a cidade é uma cidade passageira... é onde todos passam, mas ninguém fica. Nova Iorque é a cidade dos negócios, a cidade do dinheiro. Mais do que a Capital do Mundo, Nova Iorque é o Mundo do Capital. E, sendo assim, Nova Iorque fecha as pessoas. Todas as pessoas, não só descendentes de todo o mundo, mas as pessoas de todo o mundo. Fecha como tudo se fecha após as quatro da manhã... na cidade que "nunca" dorme.
É um desperdício... chega a ser uma pena. Porque a cidade é realmente linda, com todas as suas luzes e edifícios, com a água que a cerca pelos quatro cantos, com as selvas naturais dos parques que se perdem na selva artificial de concreto, com seus lugares pequeninos e aconchegantes e infinitos...
E fico imaginando como seria diferente o passeio pela rua 42 ou pelo Battery Park se a moça que me conheceu ainda de cabelos longos estivesse aqui. A moça que escreveu tanto da minha história... fico imaginando as viagens, que sempre foram tão boas em outras estradas, sendo aqui também, pelo vermelho das árvores e pelas casas dos alpes. Imaginando o rádio alto tocando música boa só para nós... imaginando eu parando para comprar flores da mulher que sempre somente cumprimento nas voltas do trabalho.
E acho que seria verão mesmo no inverno. E a fria cidade de Nova Iorque, dancing, não mais dormiria...

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Encontros

A situação é diferente... Hoje, o momento é outro.
Moça, eu não só preciso como também quero, do fundo do meu coração, dizer que
Amo você completamente, sem sombras, sem dúvidas.
Não me importaria de gritar à multidão, de mandar mensagens em garrafas ao mar,
De responder "agora" para as perguntas mais embaraçosas ou de ser tachado de louco
Ainda que silenciosamente, aqui no meu canto, na minha solidão.

Eu ainda acredito, sim, em amores à primeira vista.
Um mundo sem reencontros seria um mundo sem chances.
Acho, no entanto, que eu era cego para enxergar somente isso.
Mas, hoje, também acredito num mundo onde tudo tem um começo,
Onde tudo tem sua primeira vez. E, a partir daí,
Você constrói. Constrói para que os reencontros façam sentido.
O que me fez perceber porque, no fundo, não parei de ter essa certeza:
Certeza de que sempre quis você por perto. E de que o tempo ainda existe.
E a distância que hoje é insuportável será o reencontro mais apaixonante do amanhã.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Apresuntação


- Tô apresuntando hoje...
- O que é isso?
- Virando presunto.
- Como assim? Não conheço esse termo!
- Nunca viu quando a polícia está preenchendo uns sacos pretos deitados na rua?
- Ahn...
- Então, você diz: virou presunto!
- Tá, isso eu sei. Mas o que tem a ver com o seu trabalho?
- Nossa! Acabei de virar pó de presunto agora...

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Luz

Quando foi que me perdi
Se é que me perdi?
Ou nunca me tive?
Talvez a vida seja como perguntas
E talvez as respostas sejam como a morte:
Quando as encontrar
Não voltarei para contar.
Não quero desperdiçar mais perguntas
Nem quero ganhar mais uma luz
Ao invés de obter as respostas.
Uma grande luz
Quando ilumina somente por baixo
Torna nossas sombras maiores do que nós.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

domingo, 25 de dezembro de 2011

Livre-arbítrio

Somos escravos dos nossos próprios corações, dos nossos próprios sentimentos.
E se ainda tivermos o discernimento para nos separarmos deles,
Seremos escravos de nossas próprias mentes.
E mesmo assim, se tentarmos, tentarmos, tentarmos...
Se nos separarmos das nossas próprias idéias,
Seremos escravos da loucura, da insanidade, do nosso próprio livre-arbítrio.
Tornaremo-nos escravos dos outros.
Ter lívre-arbítrio não é ter liberdade para fazer o que queremos,
Ter livre-arbítrio é não ter liberdade nenhuma.
Se é que a palavra liberdade pode realmente ser sentida ou vivida ou pensada.
A liberdade já começa presa na sua própria definição.
E se no ápice da insanidade tentarmos alcançá-la, alcançaremos somente a morte.
Porque nada pode ser livre completamente
Nem na vida cuja única certeza é a morte
Nem na morte cuja única liberdade é a vida.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Sexo

- Você sabe por que o dia do sexo é em 6 de setembro?
- Não faço idéia...
- Será porque é 6 do 9? 69...
- Faz sentido... Ah, sabe que na minha faculdade, o número da sessão de alunos é 6924?
- Hahaha! Sério? Não dá pra esquecer, né?
- Acontecia às vezes de rolar um troca-troca só!
- Como assim?!
- Pensar que era 2469!
- Verdade! Mas e aí? O que você faz pra lembrar?
- É só pensar que vem na ordem natural: 69 24!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Satisfação

Acho que ficaria feliz se um dia virasse pocket book.
Todo mundo que disse qualquer coisa que fez sentido virou.
E todo mundo que procurou um sentido teve um pocket book.
Eu já tive um pocket book.
Isso significaria que alguém um dia me viu um sentido.
E bem que eu poderia estar vivo, né?
Não por causa do dinheiro...
Porque existiria a chance de encontrar essa pessoa
E, já que eu nunca encontrei o sentido,
Ela bem poderia me contar qual é!

Resolução

Há muito pensei em abandonar
O verso e a prosa e o romance e os contos,
Há muito que eu não escrevia
E nem tinha vontade.
Mentira.
Eu tinha.
Só achei que não podia.
E se eu não podia, eu não escrevia.
Acontece que fui fadado a ser contente.
A alegria pirilimpimpim...
E a felicidade lariradirá...
Mas a verdade é que sou triste.
Simples assim. Pronto.
Ponto.
Falei.
E me sinto melhor. Sou triste.
Sou triste e não sou poeta.
Ainda que fosse não seria.
E, pelo amor de Deus, se é que Deus existe,
Se não sou poeta, pelo menos deixe-me ser triste.
Fernando e Cecília eram. Eram poetas.
Então deixe-me igualar a eles pelo menos na tristeza.
Porque assim, mesmo que não poeta, pelo menos poderei escrever.
Porque - e repare na deselegante ironia - é possível
Cantar a alegria cantando-se um fado?
Já que mais cedo ou mais tarde morreria de morte morrida,
Calado,
Com nós na garganda e papas na língua,
Preferi morrer de morte matada: sem fado algum.
O que eu era acreditava em uma continuação e o que sobrou
Acredita que seremos só cinza e pó. E vento. E fumaça. Vulcânica.
Carbono.
Adubo.
Mas... vai que?
E então, nasceria limpo. E talvez fosse feliz...
Porque estaria leve, porque um dia escrevi.
E seria belo. E seria um cravo. E lutaria pela rosa - de novo.
É dos corpos que crescem as flores.
E tudo voltaria à ordem normal. E o fado seria triste
Como nunca deveria ter deixado de ser.

Se um dia...

Se um dia eu tiver tremeliques
Vou culpar o fogo que aqui queimava
Os músculos e olhos e ouvidos e cabelos
E sentidos à flor da pele

E vão pensar que é frio
Que é suadouro, que é doença
Toque, tique, mania, loucura... tremelique...

Se um dia eu ficar surdo
Vou culpar as notas que aqui cantavam
A melancolia e a solidão e o desespero e o lamento
E os berros das já emudecidas cordas vocais

E vão pensar que é idade
Que é velhice, que é cera
Desgosto, desastre, chiado, volume... surdez...

Mas se um dia eu ficar cego
Vou culpar você que sempre ali esteve
E não vinha e não falava e não mostrava e não olhava
E não amava

E vão pensar que é catarata
Que é normal, que é deficiência
Beleza, ironia, negação, inconformismo,
Desistência, abandono, cansaço, amor... cegueira...

Dizem que os olhos são as janelas da alma.
Então a cegueira é as cortinas da esperança.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Quem sabe?

Difícil mesmo é saber que existem
os que acreditam na mentira
e os que não acreditam na verdade.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Feriado Vietnamita

- Amanhã é feriado!
- Pois é! Só fiquei sabendo ontem!
- Como assim? Feriado é sagrado!
- Percebi por causa de uns detalhes só que ele já estava logo ali!
- Como a África do Sul, segundo o Vanucci? Logo ali?
- É! Logo ali! Como o Suriname também!
- Vou te contar uma coisa: o Suriname não está na África. Pasme...
- Como não? Sempre achei que estivesse!
- Pois é, não está...
- Bem, pelo menos ainda não tiraram o Papa do Vietnã! Eu iria ficar decepcionadíssima se eu estivesse errada sobre isso também!

domingo, 29 de maio de 2011

Saudável!

- Nossa, até esqueci de escovar os dentes hoje...
- Também, a gente não parou de comer!
- Tudo bem, faz bem pra engordar!
- Já que faz bem pra engordar, a gente precisa pelo menos fazer um exercício físico. Caminhar, por exemplo.
- Ah não... aí vai fazer mal para o sedentarismo!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Caminho certo

- Cara, preciso de um favor.
- Pode falar.
- Eu coloquei um negócio no nosso sistema, preciso que você confirme, ok?
- Tudo bem.

Meia hora depois...

- E aí, cara? Conseguiu confirmar o que pedi?
- Hmmm... não...
- Mas tentou, pelo menos?
- Não...

terça-feira, 17 de maio de 2011

Beirute

- Boa tarde, senhor. Já sabe o que vai pedir?
- Sim. Gostaria de um misto quente no pão sírio.
- Não temos, senhor. No pão sírio só vamos ter beirute.
- E como é esse beirute aí?
- Muito bem servido, senhor! Presunto, queijo, alface e tomate!
- Serve. Manda um desse. Sem alface e sem tomate, por favor!

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Troço Raro

O aluno mais palhaço da sala entra e vai escolhendo seu lugar de hoje. Marcos, sem tirar seus fones de ouvido, começa a rir antes mesmo dele chegar.
- E aí, Marcos? Beleza?
- Tudo bem. E você?
- Pronto para dar umas risadas!
- Não é só você!
- Você gosta tanto de música assim? Nem tirou os fones...
- Posso dizer que sim.
- O que você tá ouvindo?
- Minha banda predileta.
- Deixa eu ver o que é.

Marcos entrega seus dois fones. Só não esperava o estalar de dedos e a cara de intriga...

- Isso é...
- Ahn...
- Hmmm... isso é Procol Harum!
- Cara, se você fosse uma mina eu te comia!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Bin Laden

- Bin Laden, hein?
- Pois é.
- Já tem outro pra assumir, parece que é médico. Bin Laden era médico.
- É mesmo?
Che Guevara também era.
- E Fidel também.
- Será que médico é tudo louco?
- Ô raça.
- Ô raça.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Abandonado

- Estava mostrando "Abandoned" do "Kamelot" para ela. Sabe o vídeo de um show ao vivo que eles gravaram?
- Sei sim, gosto pra caramba. Aliás, essa música é muito bonita. Eu me emociono. Mesmo que a pessoa não goste, no mínimo, essa música merece respeito.
- Pois é, é o que eu acho também!
- Mas e aí?
- Aí que, na parte quando entra a Mari Youngblood, ela me solta: que vestidinho mais brega!
- Nuuuooosss...
- Foi exatamente o que pensei... meu, não tô nem aí pro vestido dela. Nem nunca estive... na verdade, nem tinha reparado.
- Ela não percebeu que era algo muito maior em questão, né?
- Não.
- E aí? O que você falou?
- Nada.
- Nada? Não valia a pena, né?
- Nada... Não falei nada por uma hora...
- Sério? Ficou puto?
- Muito.
- E depois da uma hora?
- Depois eu falei.
- Hahaha! Mas o quê?
- Que ela era uma insensível!

Gargalhada entre os dois amigos.

- E depois disso? Como ela reagiu?
- Não lembro mais, mas também não importa. Concorda?
- Claro!
- Eu me senti muuuuuito melhor!