domingo, 25 de dezembro de 2011

Livre-arbítrio

Somos escravos dos nossos próprios corações, dos nossos próprios sentimentos.
E se ainda tivermos o discernimento para nos separarmos deles,
Seremos escravos de nossas próprias mentes.
E mesmo assim, se tentarmos, tentarmos, tentarmos...
Se nos separarmos das nossas próprias idéias,
Seremos escravos da loucura, da insanidade, do nosso próprio livre-arbítrio.
Tornaremo-nos escravos dos outros.
Ter lívre-arbítrio não é ter liberdade para fazer o que queremos,
Ter livre-arbítrio é não ter liberdade nenhuma.
Se é que a palavra liberdade pode realmente ser sentida ou vivida ou pensada.
A liberdade já começa presa na sua própria definição.
E se no ápice da insanidade tentarmos alcançá-la, alcançaremos somente a morte.
Porque nada pode ser livre completamente
Nem na vida cuja única certeza é a morte
Nem na morte cuja única liberdade é a vida.

Um comentário:

Gabriela disse...

Que bom ver palavras bonitas mais uma vez! Que bonito...

"Nem na morte cuja única liberdade é a vida."

O livre-arbítrio é a liberdade de escolhermos como vamos nos limitar. Não é o que dizem?, cada escolha é uma renúncia.
Tenho certeza que todos os seres um dia vão encontrar e entender as belezas da escravidão antes de se libertarem da vida e se aprisionarem na morte. Deve haver alguma, é tudo que consigo pensar. Tem de haver alguma... Seria muito acaso estarmos aqui se não houvesse. E eu parei de acreditar no acaso já tem um tempo...
Definitivamente, tem.