domingo, 25 de fevereiro de 2007

Escala de graduação de qualidade - Capítulo Histórico

HISTÓRIA

A escala de graduação de qualidade vem sendo formada há tempos. Durante a longa jornada até sua forma final, houve diversas modificações, muitos termos foram incluídos e retirados, muitas tentativas de se obter os melhores verbetes já foram pensadas. Interessante é passear por esse "arquivo" e descobrir esta poética e literária história.

No começo de sua formação, o verbete r0x dominava a qualificação de coisas boas juntamente com o rules, também comumente usado na língua inglesa para expressar a mesma coisa. Houve ainda um concorrente nessa época: o sends; dizer "it sends!" era a mesma coisa que dizer "isso manda!" (sim, um trocadilho muito infame). No entanto, eles começaram a ser deixados de lado e somente o r0x sobreviveu.

Anos-luz após isso, já formada a escala musical, houve uma tendência de ramificação entre os estilos/adjetivos.
Tentou-se dividir, por exemplo, o R0X: surgiriam os novos industrialz, alternativez, classix, nacionalz, emoz, punx...
Ou então, dividir o MetalZ: surgiriam os powerz, blax, deathz, folx, melodix, traditionalz, newz, trashz, symphonix...
Indo ainda mais além, imagine a divisão do ClassicalZ: renascentistz, barrox, romantix, post-romantix, modernz, comtemporaryz...
Felizmente, a tentativa foi frustrada. Imagine: new metal, emo-core, rock industrial, todos eles suX! E como algo que é subdivisão de MetalZ ou R0X pode suckar? Há estilos de Pop ou de Heavy-Metal que Classicaleam, bem como estilos que suckam.
Enfim, manteve-se a escala sem ramificações e mantendo a generalidade de cada estilo: Música Clássica geralmente ClassicalZ, Heavy-Metal geralmente MetalZ, Rock R0X, Pop popz e assim por diante.

Por último, foi pensada numa nova escala que graduasse tudo o que havia de bom para pagodeiros e afins. Inicialmente, pensou-se que seria como a escala musical de forma invertida. Entretanto, novos termos poderiam ser colocados como sinônimos de coisas "boas". Surgiriam verbetes como forroz, rapz ou lambadaz... Soa estranho mesmo pensar em algo como "isso salsaz!".
Esta escala nunca fora criada após tais reflexões. Nem é preciso dizer por quê.

sábado, 24 de fevereiro de 2007

Keanu Reeves

Há muito tempo, saíamos eu e um dos meus melhores amigos do cinema após rirmos bastante das caretas de Jim Carrey. Num dos escuros corredores, ele foi abordado por uma namorada de um amigo dele que o reconheceu no meio de tantas pessoas. Infelizmente, não me recordo nem da face nem do nome dela; se um dia a reencontrei depois, passei direto... (Desculpe-me se um dia ler isso, mas minha memória é muito limitada.)
Recordo-me que era bem extrovertida e engraçada e que, embora eu e meu amigo fôssemos muito tímidos, a conversa havia sido muito agradável até a hora da despedida numa estação do metrô quando ela deveria seguir em sentido oposto ao nosso.
Foi quando eu ouvi uma das coisas mais inusitadas de minha vida, se não a mais:
- Nossa... já te disseram que você parece o Keanu Reeves?
- Não...
Pior... ainda complementou:
- Tá vendo? Agora você já sabe! Pode sair pegando todas as menininhas por aí!

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

A Terra do Nunca

A Terra do Nunca é vista de diversas formas num mesmo lugar, é onde universos paralelos se cruzam: você pode escorregar em gigantes claves-tobogãs brincando com as notas que flutuam sobre ele ou se banhar numa piscina de tintas esparramando cores pra todos os lados e deixando tudo como um grande quadro de arte abstrata. Cada um pode olhar da sua forma, olhar pela forma de quem está perto, vivenciar momentos com duas visões ao mesmo tempo: é o que chamam de compartilhar os mundos.
Na minha Terra do Nunca, o céu tem todas as cores no amanhecer e no pôr-do-sol: começa no vermelho, passa pelo amarelo e quando o azul escurece, quase roxo, volta a ser vermelho novamente; tem um céu azul clarinho, como nos dias ensolarados de inverno: olhando para o mar, não se sabe onde começa um e onde termina o outro; tem um céu com nuvens bem pequenininhas, todas juntinhas, como flocos de algodão que alguém foi derramando enquanto passeava por ele.
A Terra do Nunca é um lugar onde anjos e bestas, deuses e demônios convivem harmonicamente. Uma terra de sonhos reais, de realidade em fantasia. Onde é possível enxergar fadas e gnomos, brincar de magia...
A Terra do Nunca é um lugar onde humanos não precisam agredir seus corpos para serem bonitos, não precisam de drogas para se sentirem bem, não machucam uns aos outros por verem diferente o mesmo mundo; é um paraíso que não precisa ser chato por terem anjos e harpas, que não precisa ser o inferno pra que existam nossas diversões.
A Terra do Nunca é onde ela própria não recebe esse nome, é onde existe amor eterno e ele não divide e nem separa as pessoas.