domingo, 22 de julho de 2007

Tear the day

Certos dias são como lágrimas. Não todo dia, não se repetem em períodos, não avisam quando vão chegar. Podem acontecer quando menos se espera, após épocas de felicidade estonteante. Simplesmente aparecem.
Acordamos e não gostaríamos de ter acordado, levantamos e não gostaríamos de ter levantado. E tudo parece tão estranho... não parecemos pertencer a lugar nenhum e nada parece nos pertencer. Uma solidão que ataca por fora, por dentro, que quer explodir por dentro, que quer esmagar por fora. E quem explica esse vazio? É algo que vai se tornando maior com o passar do tempo, algo que vai tomando, crescendo até a hora que nem mesmo o ator atua felicidade: transparece tristeza. É quando enganar a si mesmo de que está tudo bem já não é mais suficiente.
É a lágrima que rodeia os olhos, procura uma saída de um lado pro outro, tenta entrar novamente e percebe que já é grande demais para querer ser criança. E cai, cai, cai... lentamente como o dia a passar.
Tanto o dia quanto a lágrima esperam pela mesma coisa: o calor. A lágrima quer secar com um simples toque da mão sobre o caminho traçado para não cair no chão. O dia quer o acalento do simples abraço durante todas as horas para não passar em vão.
E o dia a inveja pois ninguém lhe pergunta "por que chora, lágrima?" Um toque, um abraço não precisam de razões. O dia só os quer para impedir de ser destruído pelo o que não existe, que justamente por não existir o destrói.


4 comentários:

Amanda N. disse...

And sometimes, tears roll down to show how important things are, things we already know, but suddenly we realise a new meaning... And a whole life beggins...

Anônimo disse...

Doeu cada palavra em mim, mas não por mim, e sim por um amigo que sofre... Os amigos, por mais que eles nem saibam disso, são muito importantes para mim, e cada lágrima que derramam, é como um punhal em minha alma... infelizmente posso sentir...
Mas... considerações a respeito... ah, deixa pra lá... talvez lendo meu livro de cabeceira seja possível compreender muitos atos e omissões... há atitudes (e, principalmente falta delas) que são fruto do mais puro amor, incompreendido amor incondicional da amizade.

Victor disse...

Artur, tudo bem?

Quero te confessar algo sobre o texto que você deixou no meu blog há alguns meses. Quase chorei quando o li! Só não o fiz porque sou macho! Deixando a brincadeira dessa última frase de lado, devo dizer que ele me fez pensar muito e só não respondi a você de pronto porque queria fazê-lo à altura do seu questionamento. Só que, não tenho nenhuma idéia nova a respeito e por isso ficam os meus parabéns pelo seu blog e a permissão para visitas futuras.
Abraços!

Anônimo disse...

Moço!
reflexivo seu post, na verdade estou aqui pensando em algo para comentar, algo que pudesse fazer diferença quando vc lesse, mas não sei o que escrever. Odeio quando isso acontece, vc não?
Beijokas!!!
=]