Sou heterônimo de mim mesmo
Uma personalidade
Um astro jogador de palavras
Que ganha sua atenção
Consigo o credo na minha felicidade
Por mais vazio que meu interior seja
E toco os que se identificam
Com a minha tristeza
Por acharem impossível
Construir uma mentira
Sobre bases de uma atuação
Com tamanha sutileza
Sou o fingidor
Que finge a dor que deveras sente
O eu lírico
Da minha propria existência
O ator da minha própria vida,
O professor da dramaturgia
De diversas interpretações
Sou heterônimo de mim mesmo
O eu camuflado de eu
O segundo dono de um só ego
A máscara do meu verdadeiro ser
Que só não esconde
A intenção de cutucar a alma
Daquele que é o pior cego
Aquele que não quer ver
Um comentário:
ou aquele que mente para si mesmo...
Postar um comentário